segunda-feira, julho 21, 2014

Andanças (Ou: isto não é um blog sobre viagens, mas...)

Fim da tarde e a Giralda veste-se de sombras e luz. A cidade acorda da siesta e aqui, no bairro de Santa Cruz, as esplanadas enchem-se de gente. Comem tapas e bebem cerveja, sob as copas floridas das laranjeiras que nascem compassadas nos passeios, enquanto ao fundo da rua um coro de pequenas sevillanas de voz quebrada, trauteia Camarón. 

Guardei o mapa, perdi-me e acabei por encontrar a felicidade pura num pátio de Sevilla, a cidade que é uma jóia, forjada por quase todas as culturas que puseram pé neste extremo da Europa, um cadinho onde se fundiram árabes, cristãos e judeus, onde coube o velho mundo e o novo mundo. Alguém escreveu (Hemingway?) que o que mais o irritava nos Sevilhanos era gabarem-se constantemente de viverem na cidade mais bonita do mundo. Fora isso, eram bem capazes de ter razão.

(Sevilla, Abril de 2014. A primeira vez que cá vim, era um turista. Cinco visitas depois, sinto-me em casa)



quarta-feira, julho 16, 2014

Andanças


Alto-Douro. É sempre bom rever, mesmo que só por dois dias, um amor de 12 anos, uma terra de gente grande e boa, de paisagens gigantes e de um rio que é um mundo.