terça-feira, outubro 28, 2008

Árvores

Os primeiros cronistas a escrever sobre a Graciosa referem que à data da sua descoberta esta ilha estava coberta por espesso arvoredo, mas pouco mais de dois séculos depois de ter sido povoada já se apresentava “toda descoberta e sem matos” (Frei Diogo das Chagas) em resultado dos arroteamentos que depressa se estenderam a quase toda a sua superfície. Em inícios do século XIX iniciou-se o repovoamento florestal da ilha com vista sobretudo à produção de lenha, cobrindo-se alguns picos com Faia, que era até há poucas décadas a espécie dominante até à introdução do Incenso, actualmente subespontânea em todo o arquipélago e que pelo seu rápido crescimento e proliferação veio a tomar o lugar a outras árvores. O manto arbóreo que cobre hoje algumas partes da ilha branca, além de bastante reduzido, é constituído por espécies exógenas que se vieram impôr aos endemismos açóricos. Importava pois a quem de direito plantar e zelar pelo crescimento de uma floresta verdadeiramente nossa, tal com a Madeira que encerra no cocuruto dos seus picos a vegetação primitiva que os primeiro povoadores vieram encontrar e que hoje é Património da Humanidade.

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