Há aqui qualquer coisa que agrada a um homem das ilhas. A
começar pela planura ondulada a estender de vista, que traz à lembrança esse
mar que nos rodeia e esses horizontes largos que nos confortam, onde a espaços
despontam outras ilhas brancas, perdidas numa imensidão de terra, habitadas por
gentes que - sem o saberem - são tão insulares como eu.
O Alentejo é um
arquipélago construído à força de braços por gente sem nome, desde que o mundo
é mundo. E isso vê-se no mais pequeno
Monte, na aldeia e na cidade maior, estendidos sem cerimónia sobre o seu
quinhão de terra, caìados a orgulho, solitários até ao horizonte. Como uma
ilha.
1 comentário:
senti algo parecido quando passei por ele, de uma ponta a outra, bem devagarinho. nao digo que senti o mesmo pq nao o saberia dizer tao bem, e so depois de ler a sua descriçao, percebi parte do que senti!
abraço
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