Dizia-me uma pessoa que conheci que o Homem não podia descender do macaco, como apregoavam esses hereges estrangeiros, porque no Jardim Zoológico não víamos os macacos a tornarem-se Homens, por muito tempo que lá estivessem e por muito bem ensinados que fossem. Confesso que por muito anedótica que seja esta teoria, não deixa de ser correctíssima. Darwin decerto não desgostaria deste empirismo “saloio”.
Longe de querer entrar em pormenores fastidiosos ou verdades Lapalice sobre a Teoria da Evolução, resta-me então dizer que, pese o facto de Darwin ter deixado uma série de lacunas em relação à origem e evolução do Homem, criou as colossais bases que sustentam o conhecimento cientifico sobre a nossa espécie, a nível social, a nível biológico e a nível histórico. Sem Charles Darwin não nos conheceríamos. Ainda que a cada resposta surjam uma multiplicidade de novas questões, a cada dia damos novos passos rumo a algum lado, ninguém sabe bem onde.
Estou convicto que daqui a milénios, o legado de Charles Darwin, nascido há precisamente dois séculos, permanecerá tão importante e não menos válido como nos dias que correm.
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