domingo, agosto 26, 2012

o parque de campismo de Santa Cruz


Há na Pesqueira, ao lado do Estádio Municipal, uns terrenos que parecem baldios onde há uns anos atrás nasceu o parque de campismo de Santa Cruz. Ainda vai havendo uns campistas crentes, que no Verão montam ali as suas tendas. Outros preferem a sombra dos salgueiros do outro lado do caminho ou então o Barro Vermelho, que embora não esteja devidamente equipado para a função do campismo, chega a oferecer melhores condições que o dito parque da Pesqueira. 
Alguma coisa correu mal entre a criação do parque e os dias de hoje e parece que ninguém se importa. Embora a sua localização seja uma mais-valia, a concepção desta infraestrutura deixa muito a desejar, apresentando-se extremamente “árida” e desprovida de pontos que possam chamar campistas. A sombra é uma delas. A sinalética é inexistente. A quem passa no caminho, não distingue o parque de um pasto ou de uma vinha mal amanhada.
Parece que depois de um Hotel, já não precisamos de mais nada para albergar os turistas, mas existe tanta boa gente que no Verão prefere o chão de uma boa tenda a uma cara cama de hotel. Querem trazer juventude para as festas de Verão? Comecem por lhes apresentar um bom parque de campismo e não os mandem acampar para a berma da estrada.  

terça-feira, agosto 21, 2012

a vergonha ou a falta dela:


Não há vergonha. Perto do Porto Afonso, num dia de sol e com o mar chão lá ao fundo, fui despertado da indolência de um passeio estival por este monte de lixo que trataram de descarregar na berma da estrada. Ali, sem vergonha e com a displicência de alguém que julga que a ilha é a sua lixeira particular. Não há vergonha. Há preguiça. E há cada idiota por estas bandas...

quinta-feira, agosto 16, 2012

histórias:

Uma terra é construída por memórias. Mais do que paredes e ruas, são as histórias de quem nela vive que a distinguem e identificam e que dão o significado de pertença a quem nelas nasceu. Não há Graciosense que não saiba de cor a lenda da Maria Encantada ou que não tenha ouvido da boca dos avós a história da vitória sobre os mouros que tentaram desembarcar nesta costa. Ser da Graciosa ou ser de qualquer outro lugar é conhecer esses mitos que sobreviveram a gerações e que enriquecem as vivências a quem neles habita ou habitou. 
Muitas das histórias enredaram-se na História, deixaram de ser contadas e foram esquecidas com o tempo. 
Enquanto deambulava pela net, encontrei um excelente artigo da autoria de Luís Conde Pimentel, sobre uma dessas histórias que terá sido contada e recontada mil vezes em todas as casas da ilha Branca e que hoje só sobrevive nas páginas dos livros. Em baixo segue o link, porque vale a pena a leitura: 

http://www.ihit.pt/new/boletins/velhamanta.pdf

terça-feira, agosto 14, 2012

sobre anticiclones...

A névoa cobre a ilha. Este tempo cinzento e maçudo, entranha-se em tudo, nos ossos e na alma, como o mofo numa roupa velha. Habituamo-nos a estes caprichos, a esta dança de um anticiclone que tantas vezes nos leva o sol para longe, que consuma um adultério e nos troca por outras paragens. Sem pingo de vergonha, sem esgrimirir sequer uma desculpa...
E lá longe, nas costas da Europa Atlântica, deviam agradecer-nos por suportar esta morrinha em silêncio, enquanto o sol lhes doira as praias e as férias. Mas afinal, de que vale ter um anticiclone com o nosso nome, se em pleno Agosto ele nos atraiçoa assim?

terça-feira, agosto 07, 2012

!


Voltar a casa é sempre bom, mas voltar no calor de Agosto, voltar para este céu e para este mar é sublime.