segunda-feira, dezembro 31, 2012

terça-feira, dezembro 25, 2012

Fotografias da Graciosa


Na Baía do Filipe, onde a ilha acaba ou onde a ilha começa.

sexta-feira, dezembro 14, 2012

: divagações

Certo ano passei o Natal sozinho. Maldito trabalho. A ilha ficou longe. As saudades da família tornaram-se insuportáveis à medida que os postais dos lares preparados para a consoada passavam na televisão. Maldita televisão. Jurei nunca mais cometer o erro de pôr o trabalho à frente da família. Foi um Natal deprimente. 
Daqui a poucos dias, os meus poucos dias de férias - dois deles passados em viagens -  serão junto aos meus e o Natal terá o sabor que sempre teve. E não me importo que chova, que faça vento, que faça frio, mas só depois do avião parar na pista do aeródromo.


domingo, dezembro 09, 2012

Fotografias da Graciosa


Reservatório das Almas - Tanque Velho. Século XIX

segunda-feira, dezembro 03, 2012

sotaques

Não tenho sotaque. Esta é a primeira constatação das pessoas quando me apresento como Açoriano. Pergunto-lhes então, "qual é o sotaque dos Açores?". Ficam confusos. Sorrio. Aqui não conhecem outro sotaque que não o característico falar de São Miguel, que de quando em vez ouvimos nos noticiários, nos Sandro G que vão aparecendo e desaparecendo, que vem à memória desses "Xailes Negros" que em dias já longínquos passou no primeiro canal. Respondo-lhes então que os Açores são nove ilhas e que em cada ilha há um sotaque diferente. Porque no Porto não se fala como em Viseu, porque em Viseu não se fala como em Leiria, porque em Leiria não se fala como em Beja e porque em Beja não se fala como em Faro. Não sei se acreditam ou pensam que eu disfarço o sotaque. Ouvem-me a pedir um fino e a dizer carago.
São Miguel, mercê  da sua relevância dentro do arquipélago, continuará a ser os Açores e os Açores, mesmo com mais oito ilhas tão diferentes, continuarão a ser a terra do sotaque estranho. Do cozido das Furnas. do Santa Clara. De Rabo de Peixe. Das piscinas de água quente. Do Sandro G.  

domingo, dezembro 02, 2012

Meus caros, ainda aqui estou.

Este blog não morreu, ainda que se ressinta do abandono a que foi devotado nos últimos meses. 
Os últimos tempos, passados a escrever e rever relatórios técnicos, tão irritantemente frios, tão irritantemente sintéticos, tornaram-me idiota. Podemos ficar idiotas se passarmos tanto tempo debruçados sobre a linguagem crua de relatórios técnicos.
Vou curar isso com García Márquez, que está ali a sorrir-me na estante desde largos meses e que consta nunca ter lido ou escrito um relatório técnico. Abençoado homem!

sábado, setembro 01, 2012

Meu querido Porto Afonso...

No Verão, continua a ser um dos lugares mais bonitos que conheço.

domingo, agosto 26, 2012

o parque de campismo de Santa Cruz


Há na Pesqueira, ao lado do Estádio Municipal, uns terrenos que parecem baldios onde há uns anos atrás nasceu o parque de campismo de Santa Cruz. Ainda vai havendo uns campistas crentes, que no Verão montam ali as suas tendas. Outros preferem a sombra dos salgueiros do outro lado do caminho ou então o Barro Vermelho, que embora não esteja devidamente equipado para a função do campismo, chega a oferecer melhores condições que o dito parque da Pesqueira. 
Alguma coisa correu mal entre a criação do parque e os dias de hoje e parece que ninguém se importa. Embora a sua localização seja uma mais-valia, a concepção desta infraestrutura deixa muito a desejar, apresentando-se extremamente “árida” e desprovida de pontos que possam chamar campistas. A sombra é uma delas. A sinalética é inexistente. A quem passa no caminho, não distingue o parque de um pasto ou de uma vinha mal amanhada.
Parece que depois de um Hotel, já não precisamos de mais nada para albergar os turistas, mas existe tanta boa gente que no Verão prefere o chão de uma boa tenda a uma cara cama de hotel. Querem trazer juventude para as festas de Verão? Comecem por lhes apresentar um bom parque de campismo e não os mandem acampar para a berma da estrada.  

terça-feira, agosto 21, 2012

a vergonha ou a falta dela:


Não há vergonha. Perto do Porto Afonso, num dia de sol e com o mar chão lá ao fundo, fui despertado da indolência de um passeio estival por este monte de lixo que trataram de descarregar na berma da estrada. Ali, sem vergonha e com a displicência de alguém que julga que a ilha é a sua lixeira particular. Não há vergonha. Há preguiça. E há cada idiota por estas bandas...

quinta-feira, agosto 16, 2012

histórias:

Uma terra é construída por memórias. Mais do que paredes e ruas, são as histórias de quem nela vive que a distinguem e identificam e que dão o significado de pertença a quem nelas nasceu. Não há Graciosense que não saiba de cor a lenda da Maria Encantada ou que não tenha ouvido da boca dos avós a história da vitória sobre os mouros que tentaram desembarcar nesta costa. Ser da Graciosa ou ser de qualquer outro lugar é conhecer esses mitos que sobreviveram a gerações e que enriquecem as vivências a quem neles habita ou habitou. 
Muitas das histórias enredaram-se na História, deixaram de ser contadas e foram esquecidas com o tempo. 
Enquanto deambulava pela net, encontrei um excelente artigo da autoria de Luís Conde Pimentel, sobre uma dessas histórias que terá sido contada e recontada mil vezes em todas as casas da ilha Branca e que hoje só sobrevive nas páginas dos livros. Em baixo segue o link, porque vale a pena a leitura: 

http://www.ihit.pt/new/boletins/velhamanta.pdf

terça-feira, agosto 14, 2012

sobre anticiclones...

A névoa cobre a ilha. Este tempo cinzento e maçudo, entranha-se em tudo, nos ossos e na alma, como o mofo numa roupa velha. Habituamo-nos a estes caprichos, a esta dança de um anticiclone que tantas vezes nos leva o sol para longe, que consuma um adultério e nos troca por outras paragens. Sem pingo de vergonha, sem esgrimirir sequer uma desculpa...
E lá longe, nas costas da Europa Atlântica, deviam agradecer-nos por suportar esta morrinha em silêncio, enquanto o sol lhes doira as praias e as férias. Mas afinal, de que vale ter um anticiclone com o nosso nome, se em pleno Agosto ele nos atraiçoa assim?

terça-feira, agosto 07, 2012

!


Voltar a casa é sempre bom, mas voltar no calor de Agosto, voltar para este céu e para este mar é sublime.  

segunda-feira, julho 16, 2012

futuro

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=568265&pn=1

Um gajo abre o jornal e lê coisas destas e fica assim - sei lá - meio assarapantado, porque a sua Ilha Branca, num futuro próximo será verde, e porque não estão longe da memória os tempos em que os candeeiros projectavam pouca luz nos tabiques brancos do quarto e o infestavam com o cheiro a petróleo, os tempos em que se corria até à central da Barra com mais cinco tostões no bolso para que as luzes não fossem desligadas e o baile pudesse continuar, os tempos em que as "gasolinas" eram barcos e só isso. E agora essas ciências de  sóis e ventos, conhecidas dos antigos para doirar a espiga de trigo e moê-la nas mós pesadas de basalto, vão acender lâmpadas e ligar computadores. Que o futuro chegue rápido.       

domingo, maio 13, 2012

Cinema

Sou um cinéfilo, não daqueles que devora cinema todos os dias, mas tento escolher os filmes que, á partida, sei que vou gostar. Posto isto, e sem pretensões a crítico de cinema, este texto constitui-se como uma pequena lista dos meus filmes preferidos e dos quais me lembro quase todos os dias :


A Trilogia O Padrinho 


Se Francis Ford Coppola só tivesse realizado O Padrinho, entraria imediatamente para a história do cinema. Felizmente brindou-nos com mais umas quantas obras primas.
Os três filmes são um fresco genial sobre a história de uma família, quase igual a tantas outras, que caminha entre a luz e a sombra, como tão bem soube representar Al Pacino, esse Michael Corleone que ora anjo, ora demónio, repele e destrói aqueles que mais ama.
O primeiro filme é colossal, dominado pela icónica figura de Don Vito Corleone (um gigante Marlon Brando) mas a Parte II é provavelmente a maior obra prima do cinema da segunda metade do Século XX, com um exímio argumento e interpretações soberbas. Ainda que o terceiro e último tomo desta saga esteja uns furos abaixo dos dois primeiros filmes, não deixa também ele de ser magnífico. 


O Bom, o Mau e o Vilão


Quem nunca viu o filme, conhece a música e associa-a imediatamente ao velho Oeste. Sergio Leone, tratou de desconstruir a mitologia americana, dando-lhe uma nova roupagem e matando definitivamente a imagem desse cowboy virtuoso, tipificado por John Wayne em dezenas de filmes.
Aqui, o Oeste é sujo e caótico e cada personagem é mais sacana do que a outra. Não deixa de ser um Oeste irreal, estilizado em todos os seus pontos pela câmara lenta do realizador Italiano, com personagens que parecem interpretar uma ópera.
O Bom, o Mau e o Vilão é um prodígio da realização e lançou os cânones para tantos outros filmes que se fizeram desde então, permanecendo actual, mesmo para os padrões da Hollywood de hoje. E aquele duelo final, bailado por três personagens, é qualquer coisa de sublime.


A Vida de Brian 


Os Monty Python elevaram a fasquia no que toca a fazer humor. E desde então poucos, ou nenhuns, os superaram . A Vida de Brian é o seu segundo filme, uma viagem pela Judeia do Século I, onde nasceu um rapaz chamado Brian que, contrariado, é chamado do Messias por uns quantos crentes, desesperados por alguém que lhes mostre o caminho. 
A igreja Católica reprovou o filme quando foi lançado por acreditar que ataca a figura de Jesus, mas essa não foi a intenção do grupo. O filme parodia a forma em como as pessoas acreditam em algo (mais ou menos metafísico) e é essa a sua genialidade, do primeiro ao último minuto. Always look on the bright side of life.


2001 - Odisseia no Espaço


Podia escolher qualquer outro filme de Stanley Kubrick, mas esta obra parece-me ser representativa do seu génio. Uma longa viagem no tempo e no espaço, sobre a natureza humana e sobre como a maldade, íntrinseca á natureza humana, se propaga como um vírus em seu redor. E um final, com direito a muitas interrogações. Dizer que o filme é genial, é pouco.


Oldboy - Velho Amigo


Este filme atingiu-me como um soco.  Uma história que tem tanto de horrendo como de belo e uma realização magistral. Ainda hoje me delicio com a maneira sublime de contar uma história tão crua. Em Hollywwod preparam um remake, mas como é que se fazem remakes de filmes perfeitos?


Roma (Série)


Ainda que não se enquadre no critério Cinema, resolvi pôr esta série nesta lista porque as suas qualidades cinematográficas são por demais evidentes.
Roma elevou a fasquia no que toca a fazer séries de época. O argumento de Roma é bem actual; uma história de luta pelo poder e sobretudo sobre os caminhos, quase sempre sombrios, que a ele conduzem. 
Mais do que uma história sobre soldados, é uma história sobre mulheres, sobre dominae que conspiram, manipula, mentem e, assim, traçam a sangue os destinos de Roma.

Fotografias da Graciosa


Serra das Fontes e a velhinha casa do guarda do reservatório.

terça-feira, março 27, 2012

E o troço dos Vimiais...

Foi com pena que soube do cancelamento do troço dos Vimiais no próximo rallie ilha branca. Assim se perdeu um dos mais espectaculares e exigentes troços da prova, à conta de um qualquer filho da puta que, durante dois anos seguidos, se lembrou de sabotar o caminho e atentar contra a segurança de quem por ali passava, entre pilotos e espectadores.

Muito mal vai a nossa ilha se estes actos passarem impunes e o culpado, - aliás - o filho da puta, escapar incólume e não pagar pela gravidade das suas acções, que não só atentaram contra vidas humanas, como também dão uma má imagem desta ilha e das suas gentes.

domingo, março 04, 2012

A Biblioteca Itinerante


De duas em duas semanas, a velha Citroên cor de tijolo do serviço de Bibliotecas Itinerantes da Gulbenkian, parava na minha rua. Recordo-me com saudade das estantes em madeira onde os livros nos esperavam, de folhear as páginas gastas onde viviam histórias de cavaleiros e vilões, onde cabiam o Cabo da Boa Esperança e a Lua, onde Alexandre o Grande se passeava com Dinossauros e Tarzan dormia ali, aninhado entre os álbuns do Astérix e o Dicionário de Português. E tudo isto cabia dentro de uma velha carrinha.
A biblioteca itinerante era a forma mais simples que eu tinha de chegar até aos livros e foram essas primeiras letras, tão inocentes e já tão distantes, que me despertaram a vontade da leitura. Do Lucky Luke a Jorge Luis Borges é um passo. 
Não sei se a Biblioteca ainda percorre a ilha, ou se ainda existem miúdos que se percam entre as páginas de um livro. Naquela altura, em que o horizonte da ilha acabava já ali, onde os computadores eram raros e a internet uma miragem, onde na televisão só havia um canal, o mundo todo, maior do que é hoje, cabia nas linhas de um livro. Magia.
Tenho saudades desses tempos e daquela Citroên.   

sábado, fevereiro 11, 2012

Fotografias da Graciosa

Um passeio pela policromia das terras queimadas do Pico Negro e da Ponta da Barca, talhadas e pintadas pelo fogo, pelo vento e pela água. Estou sempre a voltar aqui.

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Tesouros

O acervo de fotografias antigas que a Câmara Municipal pôs na sua página do Facebook é um valioso tesouro e um manual de História das últimas décadas da Ilha Branca. Um trabalho de divulgação que vale a pena continuar. 

Adicionem! 


http://www.facebook.com/#!/mscgraciosa

domingo, janeiro 01, 2012

Fotografias da Graciosa


Pelas estradas da ilha...