domingo, agosto 02, 2009

Lugar / Não-lugar

Assisti, há alguns anos atrás, a uma conferência do antropólogo Francês Marc Augé, subordinada a um conceito que, na altura, me pareceu bastante ambíguo; os não-lugares. Os não-lugares são sítios de passagem, onde não se consegue estabelecer relações de afinidade (seja com o espaço físico, seja com as pessoas que por lá passam), desprovidos de uma identidade que vai muito para lá da sua designação funcional.
Eis-me agora, desde ontem, num não-lugar paradigmático, um aeroporto. Este é o espaço mais frio e mais desprovido de identidade que se possa imaginar. È impossível fazer destes espaços assépticos, lugares confortáveis. Existem enquanto realidade física, (paredes, tecto, cadeiras, balcões), mas falta-lhes a “humanidade” que enche os lugares. Detesto aeroportos.

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