Tanque - Caminho do Manuel Gaspar, na freguesia de Guadalupe.
Esta é, segundo os autores antigos, uma das mais antigas estruturas de captação de água da ilha branca, sempre carente de tão precioso líquido.
Aqui bem perto tombou Catarina Eufémia, que viveu vida anónima, como a de tantas outras ceifeiras, mas morreu como heroína. Morreu a jovem ceifeira, vilmente assassinada, nasceu o seu intemporal mito. Assim se diz. Se fosse noutra parte de Portugal, havia de ser santa e construiriam uma capelinha. Aqui não. A foice e o martelo ergueram-se sobre o chão onde se derramou o seu sangue e Catarina Eufémia tornou-se símbolo maior da luta contra a exploração a que a gente simples estava sujeita todos os dias. Catarina ombreia com os grandes vultos da resistência à ditadura e vive em inúmeras letras, dos homens que cantaram a liberdade. Nunca terá pretendido ser símbolo, nunca terá pretendido inspirar os que ansiavam por liberdade e uma vida digna; Quando foi falar com o homem que minutos depois seria o seu assassino, só queria a justa compensação pelo seu trabalho. Não imaginava que a bala que a calou, iria dar voz a um Alentejo oprimido