Este ano passei mais tempo longe da Graciosa do que o que estava habituado. Já lá vão 10 meses. Sim, eu sei que não é nada. Habituei-me à distância, às visita esporádicas e curtas a casa aquando das férias. Este ano nem o indolente mês de Agosto me salvou. Agora conto os dias para Dezembro, esse Dezembro de reencontros com a Família e os Amigos, à volta do presépio e de uma garrafa de aguardente velha.
Sinto falta da Graciosa, claro, mas o que ás vezes parece que me asfixia é a falta do mar. Esse mar que é metade de mim e parte de cada Homem insular. Valeu-me uma escapadela de poucos dias à costa e à praia, mas lá fui encontrar um azul tão diferente do que sempre conheci e as saudades parece que se tornaram maiores.
Um homem das ilhas habitua-se a tudo, menos á ausência desse mar, que nos embala no berço e nos cobre no túmulo, esse atlântico açoriano que nos faz tanta falta como um coração ou uns pulmões. Enfim, agora que releio este texto, não vejo nexo nestas palavras, mas já que este blog anda meio abandonado, publico-as em jeito de desabafo.
4 comentários:
Meu caro Robinson fazem todo o nexo. Quanto ao blog, passo por aqui muitas vezes, portanto, tem pelo menos uma leitora (e que, diga-se de passagem, tem imensa curiosidade em saber quem o escreve).Bom fim-de-semana.
Marisa Pereira
Obrigado por tão atenciosas palavras, cara Marisa Pereira! Quanto à curiosidade em saber que está deste lado do teclado, não tenha, que não vale a pena... =)
Um bom fim de semana para si.
Cumprimentos,
Robinson
as saudades do mar tb fazem parte do dia-a-dia por estes lados.
abraço e esperança, que já falta pouco, e a crise não chega para deitar abaixo a aguardente...
Em bom graciosense a pergunta que se impõe é: "áquele tu de quem és?"
Marisa
(eu cá sou da Leónia e do Ilberto ;))
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