segunda-feira, dezembro 04, 2006

Fronteiras e fronteiras


Longe vão os tempos em que as excursões se faziam dentro da ilha, de burro ou a cavalo e ir de Santa Cruz à Caldeira era aquela viagem planeada antecipadamente... Poucos de nós ainda se lembram desses tempos.
As gentes da Graciosa desde cedo foram condicionadas; Nem tanto pela orografia do território mas mais pela mentalidade de ilhéus, de pessoas apegadas ao seu quinhão de terra, (ao seu cerrado, ao seu pasto, à rua do porcos, à casa) enquanto o tiverem não precisam de procurar outro, nem sequer precisam de ir além dos limites da sua freguesia. Lembro-me de me contarem a história de um homem do Guadalupe que nasceu, viveu e morreu sem nunca ter saído de lá, nunca passou a Serra Dormida ou veio até Santa Cruz, toda as suas deambulaç~ioes se resumiram a 15 Km 2...
Antigamente as fronteiras dentro da ilha, ainda que fossem traços negros sobre um mapa, eram mais fortes do que a fronteira real vincada a basalto e Atlântico em redor destes Homens.

1 comentário:

Ana disse...

mudam-se os tempos mudam-se as vontades... e agora já ninguém vai de burro.
:)