Portugal começa aqui, na metade do rio Minho que nos coube nas partições de fronteiras. Na outra margem, a Galiza irmã, parida da mesma barriga que pariu o Minho.
Ao longo da margem ídilica do rio, desde Caminha, passando por Vila Nova de Cerveira, Valença e Monção (onde me detive nesta deambulação), uma série de muralhas rasgadas por canhoneiras ferozes afrontam a outra margem, essa Espanha que sempre nos meteu medo e onde se vislumbram muralhas iguais, envergonhadas no meio da vegetação. Hoje resta um rio - não há nada que possa anular essa fonteira - um Minho verde e sereno, de quando em vez agreste e que queremos mais nosso do que dos Espanhóis.
2 comentários:
Sabe mesmo bem, nesta blogosfera imensa, ler um português tão cuidado. Ainda melhor é sabendo que sai da pena de um gracionse. Afinal, na Graciosa, há quem alimente o intelecto. Obrigado por isso.
obrigado pelo elogio, caro anónimo! Esses mimos sabem bem!
Robinson Crusoé
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