terça-feira, agosto 14, 2012

sobre anticiclones...

A névoa cobre a ilha. Este tempo cinzento e maçudo, entranha-se em tudo, nos ossos e na alma, como o mofo numa roupa velha. Habituamo-nos a estes caprichos, a esta dança de um anticiclone que tantas vezes nos leva o sol para longe, que consuma um adultério e nos troca por outras paragens. Sem pingo de vergonha, sem esgrimirir sequer uma desculpa...
E lá longe, nas costas da Europa Atlântica, deviam agradecer-nos por suportar esta morrinha em silêncio, enquanto o sol lhes doira as praias e as férias. Mas afinal, de que vale ter um anticiclone com o nosso nome, se em pleno Agosto ele nos atraiçoa assim?

Sem comentários: