segunda-feira, junho 12, 2006

A Ilha...


Lá, a fronteira é um erro estúpido, um rabisco sobre um mapa que significa cada vez menos e que se vai diluindo devagar de cada vez que a passo, um dia já nem a sinto... Mas aqui... Aqui, na Ilha, sinto a fronteira como nunca tinha sentido até hoje. Este basalto negro á beira mar, onde morre o verde que pinta a Ilha, é a materialização daquele rabisco estúpido que não devia existir Lá... E depois há este Mar, para lá do basalto negro, que de tempos a tempos se ergue em vagas colossais para fustigar a terra e lembrar que somos Ilhéus, este vento que ora nos sussurra ora nos grita a nossa insularidade. Não posso fugir, a fronteira rodeia-me, sempre presente, sempre muda, sempre imutável... Nem vale a pena gritar...

Sem comentários: