domingo, janeiro 18, 2009

Porto


O Porto é o meu segundo lar. Embora nos últimos meses, por motivos profissionais, tenha andando longe da Invicta, é aqui que tenho parte da minha vida; a casa, os amigos e tudo o que fui construindo ao longo dos anos que por aqui ando.
Aprendi a gostar do Porto, não foi amor à primeira vista. Só lhe conhecendo o coração, se lhe compreende a alma. É preciso ir á Ribeira, calcorrear as ruas da Sé, descer as escadinhas da Vitória, entrar no Bolhão, subir os Clérigos, perdermo-nos entre a Rua de Santa Catarina e a de Cedofeita e acharmo-nos nos Aliados para percebermos um pouco da alma desta cidade especial, onde o calor humano compensa os Invernos menos generosos e os dias escuros como o de hoje.
Hoje o Porto vestiu-se de Inverno e gosto do Porto assim, gosto cada vez mais desta cidade de granitos solenes, das casas em cascata que se despenham no Douro (o Porto é o Douro e vice-versa), das Igrejas centenárias que se escondem em ruelas estreitas, das pontes altivas sobre o rio, da Foz Velha, das tascas e tasquinhas que teimam em subsistir. O Porto é muito mais do que isto e mesmo com os seus defeitos, é uma cidade apaixonante.

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